História da Arte no Brasil

com Pollyana Quintella

Carga horária

12h

Datas e horários

terças-feiras 2, 9, 16 e 23 de março de 2021 das 19h às 22h

Ementa

O curso apresentará uma introdução a respeito da produção artística no Brasil, do século XVII ao momento atual. Para tal, as aulas se concentrarão em estudos de caso, com análise de obras e textos, bem como buscarão esmiuçar os contextos de produção, circulação e recepção da arte em seus respectivos momentos históricos.

Público-alvo

Profissionais da arte e da cultura brasileiros, como técnicos, artistas, produtores, professores, curadores, críticos de arte, arte-educadores, entre outros, que tenham interesse em arte brasileira.

Plano de aula

  • Aula 1 – Brasil barroco

O problema do “estilo”; Arquitetura civil e religiosa; Artífices, oficinas e os sistemas de produção; A invenção do mito Aleijadinho; O barroco lido como qualidade portuguesa e brasileira pelos modernos e contemporâneos.

  • Aula 2 – Brasil oitocentista

Missão Artística francesa e Academia Imperial de Belas Artes; Estilos, gêneros e ideologias; Construção dos tipos nacionais; Mecenato e valores de classe; Expedições científicas e os artistas viajantes; Sistema de produção, circulação e recepção; O surgimento da fotografia.

  • Aula 3 – Brasil, condenado ao moderno?

Performar a vanguarda; Contradições entre modernidade sociocultural e modernização econômica; O papel da crítica; Produção de identidade e alteridade; O moderno-popular e o popular-moderno; Abstração, projeto construtivo e a Bienal de São Paulo; Modernidades periféricas.

  • Aula 4 – Brasil pós-utópico

Arte e ditadura militar; Experimentar o experimental; Vídeo, arte postal e desmaterialização; A ascensão do mercado; Crise da crítica; A disputa do espaço público; Internacionalização e monumentalização; História da arte nas Universidades; Arte contemporânea e neoliberalismo; Minorias e movimentos sociais.

Aula 1

AMARAL, Aracy A. Blaise Cendrars no Brasil e os modernistas. São Paulo: Editora 34, 1997.
ANDRADE, Mário de. A arte religiosa no Brasil. São Paulo: Expeimento/Giordano, 1993.
AVANCINI, J. A. (1994). Mário e o Barroco. Revista Do Instituto De Estudos Brasileiros, (36), 47-66.
ÁVILA, Affonso. (org.) Barroco – Teoria e Análise. São Paulo, Perspectiva, 1997.
ÁVILA, Affonso. Iniciação ao Barroco Mineiro. São Paulo, Nobel, 1984.
ÁVILA, Affonso. O lúdico e as Projeções do Mundo Barroco. 2. Vols. São Paulo, Perspectiva, 1994.
BOSCHI, C. Caio. O Barroco Mineiro: artes e trabalho. São Paulo: Brasiliense, 1988.
GRAMMONT de, Guiomar. Aleijadinho e o aeroplano: o paraíso barroco e a construção do herói nacional. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.
HANSEN, João Adolfo. “Barroco, Neobarroco e Outras Ruínas”, in Teresa, Revista de Literatura, num 2, São Paulo, ed. 34/USP, 2001.
HANSEN, João Adolfo. “Metáforas barrocas do Brasil”. Folha de S. Paulo, 12/03/95, caderno 6, p. 11
LEVY, Hannah. “Modelos europeus na pintura colonial” In: Revista do SPHAN, 8 (1944): 07-66.
LIMA, Lezama Jose. A Expressão Americana. São Paulo, Brasiliense, 1988.
OLIVEIRA, Myriam Ribeiro. O Rococó religioso no Brasil e seus antecedentes europeus. São Paulo: Cosac & Naify, 2003.

Apostila IPHAN:
Barroco e Rococó nas Igrejas do Rio de Janeiro
http://portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/ColRotPat2_BarrocoRococoIgrejasRiodeJaneiro_Vol2_m.pdf

Barroco e Rococó nas Igrejas de Ouro Preto e Mariana
http://portal.iphan.gov.br/uploads/publicacao/ColRotPat8_BarrocoRococoIgrejasOuroPretoMariana_vol1.pdf

Aula 2

BELLUZZO, Ana Maria de Moraes. O Brasil dos viajantes: um lugar no universo. São Paulo: Metalivros, 1994. v. 2.
AGUILAR, Nelson. Olhar distante – Mostra do Redescobrimento. In: Mostra do redescobrimento: o olhar distante – The distant view. Nelson Aguilar, organizador. Fundação Bienal de São Paulo. São Paulo: Associação Brasil 500 Anos Artes Visuais, 2000.
SÜSSEKIND, Flora. A ciência da viagem. In: O Brasil não é longe daqui: o narrador, a viagem. São Paulo: Cia. das Letras, 1990.
BELLUZZO, Ana Maria de Moraes. O Brasil dos Viajantes. São Paulo / Salvador: Metalivros / Fundação Emílio Odebrecht, 1994, 3 vols.
CARDOSO, Rafael et al. Eliseu Visconti: A modernidade antecipada. Hólos Consultores Associados (org.). Rio de Janeiro: Hólos Consultores Associados, 2012.
COLI, Jorge.“Como estudar a arte brasileira no século XIX?”. In: Catálogo Paço Imperial. O Brasil Redescoberto. Rio de Janeiro: Minc/IPHAN, 1999.
DUQUE, Luiz Gonzaga. A Arte Brasileira. Rio de Janeiro. H. P. Lombaerts, 1888.
FABRIS, Annateresa (org.). Modernidade e Modernismo no Brasil. São Paulo: Editora Mercado das Letras, 1994. (Col. Arte: Ensaios e Documentos)
KOSSOY, B. Origens e expansão da fotografia no Brasil. Rio de Janeiro: Fundação Nacional de Arte, 1980.
NAVES, Rodrigo. “Debret, o Neoclassicismo e a escravidão”. In: A forma difícil. São Paulo: Editora Ática, 1996.
OLIVEIRA, Myriam Andrade Ribeiro de. (Org.). História da Arte no Brasil: Textos de Síntese. 2 ed. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2010
PEDROSA, Mário. Acadêmicos e Modernos: Textos Escolhidos III. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1998.
PEDROSA, Mario. Visconti Diante das Modernas Gerações. Correio da Manhã, Rio de Janeiro, 01 jan 1950.
PEREIRA, Sonia Gomes. Arte Brasileira do Século XIX. Belo Horizonte: C/Arte, 2008.

Aula 3

AGUILAR, Gonzalo. (2005). Poesia concreta brasileira: As vanguardas na encruzilhada modernista. São Paulo: Universidade de São Paulo.
AMARAL, Aracy A. – Artes Plásticas na Semana de 22, São Paulo, Perspectiva, 1970.
AMARAL, Aracy A. Projeto Construtivo Brasileiro na Arte (1950-1962). Rio de Janeiro, Museu de Arte Moderna; São Paulo, Pinacoteca do Estado, 1977
ANDRADE, Mário de – Aspectos das Artes Plásticas no Brasil. Belo Horizonte, Itatiaia, 1984, 3ª ed.
ANDRADE, Oswald. “Manifesto da poesia Pau Brasil”. [1924]. In A utopia antropofágica. São Paulo: Globo, 2001, p.41-5.
AZEVEDO, Neroaldo Pontes de – Modernismo e Regionalismo (Os anos 20 em Pernambuco). João Pessoa, Secretaria de Educação e Cultura da Pataiba,1984.
BOAVENTURA, Maria Eugênia (org.) – 22 por 22: A Semana de Arte Moderda vista pelos contemporâneos. São Paulo, EDUSP, 2000.
BRETT, Guy. Brasil Experimental. Rio de Janeiro: Contracapa, 2005.
BRITO, Mário da Silva – História do Modernismo Brasileiro: Antecedentes da Semana de Arte Moderna. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1997, 6ª ed.
BRITO, Ronaldo. Neoconcretismo – Vértice e ruptura do projeto construtivo brasileiro. Rio de Janeiro: Cosac Naify,s/d.
CAMPOS, Augusto de; PIGNATARI, Décio; CAMPOS, Haroldo de. (1975). Teoria da poesia concreta : textos críticos e manifestos 1950 – 1960. São Paulo: Duas Cidades, 1975.
CANCLINI, Nestor Garcia – Hybrid cultures: strategies for entering and leaving Modernity. Minneapolis, University of Minessota Press, 1996.
COCCHIARALE, Fernando/ GEIGER, Anna Bella. (1987). Abstracionismo geométrico e informal – A vanguarda brasileira nos anos cinqüenta Rio de Janeiro:FUNARTE, temas e debates 5.
FABRIS, Annateresa (org.) – Modernidade e Modernismo no Brasil. Campinas, Mercado das Letras, 1994.
FABRIS, Annateresa – O Futurismo Paulista. São Paulo, Perspectiva/EDUSP, 1994.
GULLAR, Ferreira. (1999). Etapas da arte contemporânea: do cubismo à arte neoconcreta, Rio de Janeiro: Revan.
INOJOSA, Joaquim – O movimento modernista em Pernambuco, Rio de Janeiro, Guanabara, vls. 1 e 2, 1968
MICELLI, Sérgio – Intelectuais à brasileira. São Paulo, Cia. das Letras, 2002.
MICELLI, Sérgio – Nacional Estrangeiro. São Paulo, Cia das Letras, 2003.
MORAES, Eduardo Jardim de – A brasilidade modernista: sua dimensão filosófica. Rio de Janeiro, Graal, 1978.
MORAIS, Frederico. A vocação construtiva da arte latino-americana. IN: “Frederico Morais”, Silvana Seffrin (Org.), Rio de Janeiro: FUNARTE, 2004
ORTIZ, Renato – Cultura Brasileira e Identidade Nacional. São Paulo, Brasiliense, 1994, 4ª ed
PEDROSA, Mário. Dos murais de Portinari aos espaços de Brasília. Aracy Amaral (Org.). São Paulo: Perspectiva, 1981.
VILLAS BÔAS, Glaucia. (2008). O Ateliê do Engenho de Dentro como espaço de conversão (1946-1951). Arte Concreta e Modernismo no Rio de Janeiro. In: BOTELHO, André; BASTOS, Elide Rugai e VILLAS BOAS, Glaucia (Orgs.). O Moderno em questão – A Década de 1950 no Brasil. Rio de Janeiro: Topbooks, p. 137-167.
ZANINI, Walter. A Arte no Brasil nas décadas de 1930-40 – O Grupo Santa Helena. São Paulo, Nobel edusp, 1991.
ZÍLIO, Carlos – A querela do Brasil. A questão da identidade da arte brasileira: a obra Tarsila, Di Cavalcanti e Portinari – 1922/1945. Rio de Janeiro, FUNARTE, 1982.

Aula 4

BASBAUM, Ricardo (org). Arte Contemporânea Brasileira: texturas, dicções, ficções, estratégias. Rio de Janeiro: Marca d’Água Livraria e Editora, 2001.
BRITO, Ronaldo. (2005). Experiência Crítica. São Paulo: Cosac & Naify.
COTRIM, Cecilia; FERREIRA, Gloria. Escritos de Artistas – Anos 60/70. Rio de Janeiro: Zahar Editora, 2009 (2ª edição)
DUARTE, Paulo Sérgio. Anos 60 transformações na arte brasileira. Rio de Janeiro: Editora Campos Gerais, 1998.
FERREIRA, Gloria (Org.). (2006). Crítica de arte no Brasil – temáticas contemporâneas, Rio de Janeiro: FUNARTE.
FIGUEIREDO, Luciano (org.) Aspiro ao Grande Labirinto/ Hélio Oiticica. Rio de Janeiro: Rocco, 1986.
MORAIS, Frederico. (1979). Artes plásticas na América Latina: Do transe ao transitório. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira
OITICICA, Hélio. (1972). Experimentar o Experimental. In Fios soltos – A Arte de Hélio Oiticica. São Paulo: Perspectiva, p. 341-351.
PEDROSA, Mário. Mundo, homem, arte em crise. São Paulo: Perspectiva, 1986.
ZANINI, Walter. História Geral Da Arte No Brasil. São Paulo. Inst. Walther Moreira Salles. 1983. Vol. 1 e 2.

Conheça a nossa professora

Pollyana Quintella

Curadora, professora e pesquisadora. Formada em História da Arte pela UFRJ, é mestre em Arte e Cultura Contemporânea pela UERJ e doutoranda pela mesma instituição. Colaborou com pesquisa e curadoria para o Museu de Arte do Rio (MAR), entre 2018 e 2020, e escreve para diversos jornais e revistas de cultura. Atualmente, é curadora adjunta da exposição ‘FARSA – Língua, Fratura, Ficção: Brasil-Portugal’, em cartaz no Sesc Pompeia, em São Paulo.